sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Formulação de esmaltes - estudos

A elaboração de esmaltes para alta temperatura depende de materiais específicos visando não apenas a elaboração do esmalte em si, mas também a proteção do ceramista quanto à exposição aos elementos químicos.

Neste sentido, considero como material mínimo para a elaboração do esmalte cerâmico, além dos elementos químicos:

  • luvas de borracha
  • máscara de proteção contra pó
  • potes com tampa para armazenar os testes (do tipo descartável)
  • almofariz com pistilo
  • balança de precisão
  • CMC

Objetivo:

Formulação de esmalte para cone de 8 a 12 (1263C a 1326C) - Alta temperatura - queima em forno elétrico (atmosfera oxidante).

Busquei formular uma base de esmalte fluida, com brilho, transparente e com pintinhas (textura), uma vez que não gosto muito dos esmaltes cerâmicos muito uniformes, com a cor chapada, que a atmosfera oxidante do forno elétrico propicia.

Neste sentido, meus primeiros testes de esmaltes tiveram como base: (100 gramas de esmalte)
  • 55,0 gramas de feldspato potássico
  •   6,0 gramas de dolomita
  • 10,0 gramas de carbonato de cálcio
  •   2,5 gramas de carbonato de magnésio
  •   2,5 gramas de óxido de zinco
  • 24,0 gramas de quartzo
Esta formulação poderá ser aplicada para quantidades maiores de esmaltes bastando multiplicar pelo mesmo índice, por exemplo se eu quiser 1 kilo de pó de esmalte eu multiplico tudo por 10.

Ficando 550 gramas de feldspato potássico, 60 gramas de dolomita, 100 gramas de carbonato de cálcio, 25 gramas de carbonato de magnésio, 25 gramas de óxido de zinco 240 gramas de quartzo.

Os elementos deverão ser pesados, colocados em um pote grande, misturados, e, em seguida, macerados na almofariz.

Este esmalte está ainda sem óxidos corantes.

No meu caso, eu separo 60 gramas de esmalte de base para cada estudo de amostra. Coloco cada porção de 60 gramas em potes individuais.

Agora, começo a adicionar os óxidos corantes.

Repasso os resultados significativos:
  • Azul com pintinhas violetas  (referência XXII)
5% de óxido de cobalto, como a amostra está com 60 gramas de esmalte base, adiciono 3 gramas de óxido de cobalto, e assim deverá ser calculado para cada porcentagem aqui demonstrado.
  • Azul escuro  (referência XXXIII)
5% Óxido de cobalto (3 gramas) e 2,5% Óxido de Ferro Claro (1,5 gramas)
  • Violeta com pintinhas azuis  (referência XXXIV)
3,3% Óxido de Manganês (2 gramas) e 3,3% Óxido de cobalto (2 gramas)
  • Verde claro, com transparência  (referência XXIII)
5% Óxido de cobre (3 gramas)
  • Marrom com brilho dourado  (referência XXVII)
5% Óxido de cobre (3 gramas) e 10% rutilo (6 gramas)
  • Marrom com brilho metálico escuro  (referência XXXVII)
3,3% Óxido de Manganês (2 gramas), Óxido de cobre (4 gramas), 10% Rutilo (6 gramas)
  • Preto  (referência XXVIII)
5% de Óxido de cobalto (3 gramas), 5% de Óxido de cobre (3 gramas), 5% de Óxido de manganês (3 gramas), 5% de Óxido de ferro (3 gramas)
  • Marrom escuro  (referência XXX)
5% de óxido de cobalto (3 gramas), 2,5% de óxido de cobre (1,5 gramas); 2,5% Óxido de ferro (1,5 gramas); 10% Rutilo (6 gramas)
  • Bege  (referência IX)
10% de Rutilo (6 gramas)
  • Marrom claro  (referência XVI)
5% de Óxido de ferro (3 gramas) e 5% de Rutilo (3 gramas)


Macerar cada amostra e lavar a almofariz ao trocar a amostra.

Para a parte líquida deveremos utilizar para cada kilo de esmalte cerca de 700 ml de água. Adicionar aos poucos.

Lembrando que nesta água deverá ser adicionado 1 colher de sopa de CMC, que é para o esmalte aderir no biscoito.

Mais para frente disponibilizarei as fotos das amostras.


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